A startup paulista O2eco descobriu que alguns microorganismos podem ajudar a despoluir rios contaminados. A empresa desenvolveu na Austrália – onde um de seus fundadores da startup viveu por 14 anos – bactérias capazes de regenerar águas de rios, lagos e lagoas.
Em seu site, a empresa explica que trata-se de um método de despoluição natural por meio da proliferação de bactérias consideradas benéficas e que consomem materiais orgânicos e inorgânicos. Além do Brasil, a tecnologia de limpeza das águas também está presente em outros 10 países.
O processo dispensa o uso de produtos químicos ou tóxicos. Além disso, as bactérias utilizadas não oferecem riscos de desequilíbrio ou problemas colaterais para o meio ambiente. Dessa forma, a O2eco consegue eliminar 99,7% de óleos e graxas, reduzir a demanda biológica de oxigênio em 92,2% e ainda oferecer um processo 30% mais barato.
Para completar, ainda é possível acelerar a despoluição das águas usando uma placa de cera com nanominerias que estimulam a criação de bactérias que auxiliam na limpeza. Elas podem se multiplicar cerca de 10 milhões de vezes a cada 10 horas, aumentando o consumo de materiais orgânicos e inorgânicos. Quando a sujeira desaparece, as bactérias morrem de inanição.
De acordo com o site Ciclo Vivo, essa tecnologia foi usada para tratamento das águas após o desastre de Mariana, em 2015. Em cerca de cinco semanas, o nível de alumínio das águas teve uma diminuição de 57%. Agora, a O2eco atua novamente no desastre da Vale que atingiu a cidade de Brumadinho e pode estar matando o Rio Paraopeba.
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