A recuperação de dependências é um trabalho árduo que exige esforço, vontade e tratamento humanizado. Muitas vezes as instituições dedicadas a essa causa não oferecem a atenção devida para que as pessoas possam superar os seus vícios. Principalmente quando é a mulher que precisa desse tipo de apoio, pois o número de instituições preparadas para atender dependentes do sexo feminino é bastante reduzido se comparado à quantidade de abrigos destinados a receber dependentes do sexo masculino.
Em Itabira essa realidade é bastante evidente. O número de abrigos para o tratamento de dependentes químicos é pequeno e esse serviço não está disponível para as mulheres. Porém, para garantir que elas possam contar com apoio na cidade, o Núcleo de Assistência Social Joanna de Ângelis (NASJA) pretende construir um abrigo para receber as mulheres dependentes químicas, psíquicas e emocionais.
Para viabilizar o projeto está sendo feita uma vaquinha online para arrecadar R$ 40 mil. Esse valor será destinado para a construção de instalações próprias para o acolhimento e o tratamento dessas mulheres. As doações, de qualquer valor, podem ser feitas por meio do site Vakinha.
“Acreditando que as pessoas realmente se importam umas com as outras, mas que não sabem como chegar até projetos sérios, criei essa vaquinha online. Assim é possível receber doações de todo o Brasil”, explica Anna Drumond, filha de Mozirth de Moura Drumond, idealizadora do NASJA.
O projeto prevê um período de tratamento com duração de 9 a 12 meses, sem o uso de medicamentos e com apoio de psicólogos e outros profissionais especialistas. A terapia ainda exige que as recuperandas participem dos serviços necessários para a manutenção do abrigo. Palestras e cursos também são pretendidos para que essas mulheres possam retornar à sociedade com experiência profissional.
Luta antiga
O Núcleo de Assistência Social Joanna de Ângelis (NASJA) foi criado no dia cinco de fevereiro de 1990. Desde então, oferece programas terapêutico-espíritas para recuperação de dependências químicas, psíquicas e emocionais. A terapia também utiliza a metodologia dos Alcoólicos Anônimos (AA) para atender os dependentes.
O acompanhamento já é oferecido todas as quintas-feiras, às 19h, e domingos, às 9h, em uma pequena sede localizada na rua dos Deputados no 10, Gabiroba. É nesse terreno que será construído o abrigo para mulheres e 12 já estão na fila esperando que o projeto saia da vaquinha virtual.
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