Na última segunda-feira, dia 1 de abril, uma família francesa judia recebeu das mãos do FBI um quadro do pintor holandês Salomon Koninck – pintado em 1693 – que foi roubado pelos nazistas durante a invasão da França na Segunda Guerra Mundial.
Os proprietários, os Schloss, receberam a obra de arte em cerimônia no Consulado da França, em Nova York. O evento contou com a presença do ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian que fez questão de contar um pouco da trajetória do quadro. “Roubado pela Gestapo e transferido para Munique, com a cumplicidade de colaboradores franceses, em 1943, tínhamos perdido seu rastro. Ele foi finalmente devolvido aos seus donos, os herdeiros de Adolphe Schloss e seus cinco filhos”.
Os bisnetos de Adolphe, um colecionador de arte francês, Laurent e Michel Vernay, descreveram a devolução da obra como uma “pequena vitória” e lembraram que ainda há muitas peças de arte ainda não encontradas. O ministro francês destacou que os esforços continuam para acelerar a identificação e a restituição de tudo o que foi roubado durante o regime de Hitler.
Um dado importante é que dois terços das 100 mil peças usurpadas pelos nazistas foram encontradas logo após o fim do conflito. O restante ainda é uma incógnita: podem ter sido destruídos, danificados, escondidos ou vendidos em leilões irregulares.
Essa obra, especificamente, foi achada em 2017, quando a sua então proprietária, uma chilena, entrou em contato com a casa de leilões Christie’s, com a intenção de vendê-la em Nova York. A família da chilena comprou o quadro na Alemanha em 1950.
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