A escritora norte-americana Toni Morrison, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 1993, morreu na última segunda-feira, 5 de agosto, aos 88 anos. Segundo comunicado oficial da família, a autora estava internada no Centro Médico Montefiore, em Nova York, e “morreu após uma breve doença”.
Nascida em 18 de fevereiro de 1931, em Ohio, nos Estados Unidos, Toni Morrison foi a primeira negra a ganhar o Nobel de literatura. Sua obra reúne 11 romances, textos infantis e ensaios e ficou marcada pelo retrato dos negros em seu país, com foco em personagens femininas.
Toni estreiou como romancista em 1970, com “O olho mais azul”. Em 1975, foi indicada para o National Book Award com “Sula”, e dois anos depois venceu o National Book Critics Circle com “Song of Solomon”. “Amada” lhe valeu o prêmio Pulitzer. Aposentou-se em 2006 como professora de humanidades na Universidade de Princeton.
Quando anunciou o Nobel para Toni Morrison, em 1993, a Academia Sueca, responsável pelo prêmio, destacou os “romances caracterizados pela força visionária e importância poética. Por meio deles, a escritora deu vida a um aspecto essencial da realidade americana”.
O blog da Companhia das Letras, responsável pela editação dos livros de Toni Morrison no Brasil desde o final dos anos 1990, publicou uma nota lamentando sua morte e citando um trecho de seu discurso ao receber o Nobel. “Nós morremos. Esse pode ser o significado da vida. Mas nós fazemos linguagem. Essa pode ser a medida de nossas vidas”.
No Brasil, a Companhia das Letras já lançou “Paraíso”, “O olho mais azul”, “Amor”, “Amada”, “Quem leva a melhor?” (infantil, em coautoria com Slade Morrison), “Jazz”, “Compaixão”, “Voltar para casa” e “Deus ajude essa criança”.
Barack Obam, ex-presidente dos Estados Unidos, comentou a morte da escritora. “Toni Morrison era um tesouro nacional, boa como contadora de história e cativante pessoalmente do mesmo jeito que em suas páginas. Sua escrita foi um belo e significativo desafio à nossa consciência e à nossa imaginação mortal. Que presente respirar o mesmo ar que ela, mesmo que apenas por um tempo.”
A Academia Sueca destacou em seu Twitter que, “ela foi uma das forças literárias mais poderosas e influentes do nosso tempo.” Para Shonda Rhimes, produtora de séries como “Scandal” e “How To Get Away With Murder”, declarou que “ela me fez entender que ser ‘escritora’ era uma ótima profissão. Eu cresci querendo ser apenas ela. Descanse, rainha.”
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