Se a gastronomia de Minas Gerais, considerada uma das melhores no país, já é sucesso, com a dança, a arte, o teatro, o cinema, o fogão a lenha, as verduras frescas e saudáveis, o resultado pode ser ainda muito melhor. É o Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária que, a partir de sábado, 2 de setembro, vai passar por vários municípios mineiros – incluindo a capital -, em sete regiões do estado, nos meses de setembro a novembro.
Governador Valadares, Montes Claros, Alfenas, Juiz de Fora, Almenara, Uberlândia, Betim e Belo Horizonte receberão mostras dos assentamentos e acampamentos, com diversas linguagens artísticas e culturais.
Destaque, por exemplo, para feiras de produtos industrializados e in natura com alimentos saudáveis, em transição agroecológica, a preços acessíveis para a população. O primeiro festival acontece já no Território Vale do Rio Doce, no município de Governador Valadares, no sábado, 2 de setembro, e domingo, 3 de setembro.
O projeto é uma parceira do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), com o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). Conta com o apoio, também, das prefeituras locais e da Unimontes.
Inserção dos trabalhadores na Economia Solidária
O circuito se enquadra nos objetivos do projeto do Enfrentamento à Pobreza do Campo do Governo do Estado, para divulgar as ações de comercialização dos agricultores familiares que participam dos assentamentos.
De acordo com o subsecretario de Estado de Trabalho e Emprego da Sedese, Antonio Lambertucci, “o evento é uma forma também de inserir os trabalhadores no plano de trabalho da Economia Solidária , promover o intercâmbio cultural entre as comunidades rurais e a população da cidade, além de divulgar os produtos e gerar rendas”, aponta.
Para Ênio Bohnenberger, da Direção Nacional do MST, esta é uma forma de alinhar a cultura e a política, propagandeando o projeto do movimento para o campo brasileiro.
“Nós construímos a cultura sem terra desde que rompemos as cercas do latifúndio e semeamos as primeiras plantações para nos alimentar. A partir disso, a resistência, as místicas, as músicas que cantamos, as novas relações sociais construídas, a produção agroecológica, a educação do campo são dimensões em que uma nova cultura vai se enraizando e frutificando. Os trabalhadores tem a capacidade de expressar isso em forma de arte”, explica o dirigente.
Confira o calendário de realização do circuito:
*Com informações da Agência Minas.
LEIA MAIS
- Desafios do Sistema Municipal de Cultura de Itabira são apresentados durante encontro na FCCDA
- Acontece em setembro o 10º Encontro Regional Evangélico de Santa Bárbara
- Museu do Ferro, em Itabira, será reformado
- Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, abre inscrições para a maratona criativa Museomix