Em meio à quarentena, a boa notícia surpreendeu 14 jovens talentos em casa, isolados, muitos deles sem trabalho
“São 14 oportunidades, 14 novos sorrisos, 14 pequenos milagres”. É assim que Rodrigo Toffolo, Maestro e diretor artístico da Orquestra Ouro Preto, define os novos integrantes da Academia Orquestra Ouro Preto, projeto socioeducacional da formação orquestral mineira. Criada em 2019, com patrocínio da SulAmérica, a Academia surgiu com a proposta de aperfeiçoar e lapidar o talento de jovens violinistas, violistas, violoncelistas, contrabaixistas e percussionistas. “São músicos já iniciados, mas que encontram uma série de obstáculos para dar prosseguimento ao sonho de se tornarem profissionais, sobretudo, devido ao alto custo dos investimentos”, explica Toffolo.
No início do ano, a Academia lançou um edital para selecionar novos integrantes. E, em meio à quarentena, uma boa notícia surpreendeu 14 jovens talentos que se encontravam em casa, em distanciamento social, muitos deles sem trabalho. “É com alegria que anunciamos a ampliação do número de alunos bolsistas da Academia. Eles terão a oportunidade de dar continuidade aos seus sonhos profissionais e caminharem junto com a Orquestra no aprendizado e na troca de experiências”. Com os novos integrantes, o projeto que começou com 28 alunos, agora conta com 42. Os 14 novos alunos foram informados sobre a aprovação por meio de uma videochamada com o Maestro Rodrigo Toffolo e as aulas tiveram início na segunda quinzena de junho.
Kennedy Guedes é um dos novos integrantes. O jovem de 23 anos, morador de Contagem, é contrabaixista. Ele conta que se inscreveu em 2019 e não foi aprovado. Neste ano, fez novamente a inscrição e se surpreendeu com o resultado. “Quando me ligaram não acreditei. Só acreditei quando o maestro fez a videochamada comigo. Foi uma notícia muito boa e em casa todo mundo comemorou”. O músico avalia de maneira muito positiva as primeiras aulas da Academia. “Estão sendo de suma importância e estou crescendo muito. Estou aprendendo com músicos profissionais que são ótimos instrumentistas. Quero estudar para tocar próximo a eles”, diz Kennedy que é estudante de música na UFMG e vê na Academia um importante passo para concretizar o seu sonho. “Quero crescer na música e tocar em uma orquestra. Fazer um mestrado e um doutorado na música também estão nos meus planos”.
A jovem Talitha Marinho também está entre os 14 pequenos milagres. Com 21 anos, a violoncelista moradora da Sarzedo, região metropolitana de BH, conta que a paixão pela música surgiu de maneira natural. “Quando criança, minha mãe me inscreveu em um projeto de música da Prefeitura de Sarzedo e aos poucos fui descobrindo a paixão pela música. Me inscrevi na Academia porque sempre tive vontade de participar de uma orquestra profissional”. Talitha também é estudante de música na UFMG e diz que começar os estudos durante a quarentena foi ótimo. “As aulas estão sendo um estímulo. Estava desaminada por causa da pandemia e a Academia veio em uma boa hora”. Para o futuro, ela tem altos planos. “Quero continuar minha trajetória acadêmica, viajar pelo país tocando violoncelo e ser professora de música”.
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