Prezados leitores, existem competências obrigatórias para profissionais de qualquer área e o domínio do português é uma delas. Ainda assim, erros e dúvidas quanto ao uso correto da língua é uma constante, tanto nas relações pessoais quanto no mundo corporativo.
Erros frequentes refletem problemas na educação de base do brasileiro e muitas pessoas acabam ingressando no mercado de trabalho ou iniciando estudos para concursos públicos com muitas dúvidas.
Além de deficiências na formação básica, a falta de familiaridade com a escrita também contribui para o problema. Portanto, se você costuma consultar o dicionário e a internet para sanar dúvidas linguísticas pontuais, aproveite esse guia com as principais dicas e algumas pegadinhas presentes na Língua Portuguesa para você acertar nos concursos públicos e nas conversas do dia-a-dia.
A partir dessa coluna, publicaremos 48 dicas e pegadinhas que podem derrubar candidatos menos avisados ou despreparados. Prestem bastante atenção e estudem, pois essas dicas podem significar seu ingresso numa carreira longa e feliz.
Então, vamos começar com a grafia – erros e variações.
- Menos ou Menos?
“Menas” não existe.
Mesmo referindo-se a palavras femininas, use sempre menos.
- Zero graus ou zero grau?
Zero está no singular, portanto, o substantivo grau deve acompanhá-lo na flexão.
O correto é: Zero grau.
- Quatorze ou catorze?
Você pode ficar à vontade para usar qualquer uma das formas, visto que ambas estão corretas.
- Seje ou seja? Esteje ou esteja?
Esqueça o seje e o esteje. Essas palavras são usadas de forma errada na expressão oral.
Seja e esteja são as opções corretas.
- Troféis ou troféus?
Lembre-se: a terminação “éis” deve ser empregada apenas nas palavras terminadas em “el”, como papel, pastel, tonel, entre outras. Sendo assim, as palavras terminadas em “éu”, quando flexionadas no plural, devem levar a terminação “éus”.
Portanto, o correto nesse caso é troféus, chapéus, céus, etc.
- Ela quiz ou ela quis?
Assim como toda a conjugação do verbo querer (quiseram, quiseste, quisera, etc.), a palavra quis deve ser escrita com ‘s’.
O correto, então, é ela quis.
- Quite ou quites?
“Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere.
Se for no singular, podemos dizer que “o contribuinte está quite com a Receita Federal”, por exemplo. Já no plural, “os contribuintes estão quites com a Receita”.
- Media ou medeia?
Há quatro verbos irregulares com final “iar”, são eles mediar, ansiar, incendiar e odiar.
Todos se conjugam como “odiar”, portanto, o correto é medeio, anseio, incendeio e odeio.
Exemplo: Ele sempre medeia os debates.
- Ao meu ver ou a meu ver?
“Ao meu ver” não existe. O correto é “a meu ver”.
Exemplo: A meu ver, o evento foi um sucesso.
- A ou há
Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver.
Exemplo: “Atuo no setor de controladoria há 15 anos”.
O a, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância.
Exemplo: “Falarei com o diretor daqui a cinco dias”; ou, “ele mora a duas horas do escritório”.