O Ponto de Gräfenberg, mais conhecido por Ponto G – versão suposta metafórica para designar o local exato do prazer sexual feminino – dentre os meus estudos e em minha concepção (além de várias experiências práticas científicas), em quase 75% da espécie mamífera em questão se encontra nas seguintes opções: no final da palavra shoppinG, no início do uso constante do Golden Card, dentro de um automóvel Golf (por pior que pareça), todos os automóveis da GM ou até mesmo em um popular automóvel Gol ou um Gurgelzinho… Uma viagem para a Grécia (de preferência acompanhada das amigas!), uma noite de Gala ou com Gerentes seniores de uma multinacional, dentre tantas outras formas variáveis de sentir prazer fácil, trivial, previsível e descartável. Como já se é sabido, afinal…
Já a porcentagem restante da espécie, a mais rara de se encontrar, mostrou seu Ponto G de forma mais íntegra e com maior dificuldade em se alcançar tal prazer, portanto muito mais completa e realista, já que se faz necessário um espécime mamífero macho com tal capacidade em lhes proporcionar belas palavras sob um céu estrelado, um bom jazz durante um jantar em que ele cozinhou, um flerte sutil e respeitoso em uma balada, um sorriso, um passeio à galeria de arte, uma piada mal contada que quebre climas ruins, um buquê de flores, uma palavra melosa ao pé do ouvido, um ombro amigo, um cinema e uma noite de CCC: Carinho, Cama e Conchinha.
Laz Muniz
Sexólogo Pobre