Carne de primeira e de segunda: isso é um mito! Todo corte de carne é bom e o que determina a sua qualidade é a maneira como você vai prepará-lo.
Cada país tem seu modo de produção, de acordo com a exigência do mercado e as características de produção, como mão de obra, por exemplo. Outras características que diferem o tipo de corte e produção são as diferentes colonizações e o modo de preparo de cada região. No Brasil, o corte da carne é feito quase que totalmente manual, totalizando 21 tipos.
O que determina a qualidade da carne é como o corte foi feito, a idade do animal e como ele foi criado. De qualquer maneira, não há motivo para se discriminar nenhuma parte do animal, se a escolha do modo de preparo for acertada.
A carne de “primeira” é o corte feito da parte menos exercitada do animal, por isso tem menos músculos e é mais macia; a carne de segunda vem da parte mais rija do animal, locais com mais músculos e fibras.
Não precisamos viver de filé mignon e picanha, se soubermos utilizar um coxão duro para um bom bife a rolê ou um patinho para um suculento picadinho. É importante comprar em um açougue de qualidade e observar a aparência da carne, que deve estar firme e brilhante com a gordura branca ou amarelo-pálida (gordura amarelada demais indica que o animal era velho e, por isso, a carne estará mais dura).
Carnes com mais músculo ficam excelentes quando preparadas em baixa temperatura e cozidas por um período maior de tempo, fazendo com que a parte marmorizada de gordura se desprenda lentamente, deixando-a suculenta e extremamente saborosa.
Da próxima vez que visitar o açougue, invista em cortes mais econômicos e saborosos.