Se o calendário do futebol já andava apertado, agora em 2016 a coisa vai ser um pouco pior. Se pegarmos outros países como comparativo, veremos que o Brasil foi o líder em número máximo de jogos por ano (83) estando à frente ao México (81), Inglaterra (74) e Espanha (62). E o que já era considerado um calendário inchado, suficiente para lesar as competições, será ainda mais avolumado para os 12 participantes da nova liga Sul-Minas-Rio.
E esse recorrente problema faz diminuir a qualidade dos jogos por conta do desgaste físico, além do alto índice de lesões e vários outros fatores que só empobrece o futebol como produto. Minto, ainda que prejudicial, devemos ser justos em dizer que, pela alta incidência de lesões, o Brasil foi obrigado a se tornar referência em fisiologia e reabilitação de atletas.
Nesse caso sou obrigado a me render à máxima de que menos é mais. Várias equipes têm sofrido e perdido importantes peças por algumas partidas e até por toda a temporada. O tempo que deveria ser útil para desenvolvimento de um time, se torna um importante período de descanso para os atletas.
O futebol brasileiro grita por uma reforma estrutural que, certamente, não virá atrelada a mais jogos. Em meio a tantos problemas e questionamentos, a única certeza é que, em mais um ano, teremos grandes protagonistas ausentes dentro das quatro linhas.